A Odisseia 

             A viagem de uma vida... a solidão, a companhia, o desespero, a amizade, 

            o amor, as desventuras... a partilha de um estado de espírito. É, sem dúvida, uma Odisseia.

 

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Asas ao vento....

Estendo as minhas asas e deixo o vento enchê-las de ilusão.
Caminho pelo azul infinito, parando nesta ou naquela núvem.
Descanso um pouco. Olho para o mundo. Tão distante...
Estendo as minhas asas... mas perdi o desejo de voar para o infinito.
E o vento recusa-se a levar-me para onde não quero ir.
Volto para os teus braços e perco-me neles.
É para ti que o vento me conduz... sempre que estendo as minhas asas...
Como da primeira vez... é de ilusão que ele as enche.
Como da primeira vez... caminho pelo azul infinito.
Como da primeira vez... o mundo fica lá fora... distante. O teu colo, uma núvem onde repouso...
Onde me deito e me satisfaço com ilusões de liberdade que me prendem mais e mais...

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quarta-feira, dezembro 21, 2005

No seio de Calipso...

De entre muitas aventuras, a estadia de Ulisses na ilha de Calipso é uma das minhas favoritas. Invoco hoje esta história para que possam estabelecer uma comparação com a minha Odisseia. O seio de Calipso não me foi tão agradável como o foi a Ulisses, nem o meu descanso tão longo...
Mas o isolamento acabou, todavia...
Necessito de me lançar de novo às ondas numa jangada feita de palavras. Navegar de novo...
Onde o vento me levar... onde as ondas me deixarem... onde os deuses me quiserem... lá estarei. Que a minha mão se mantenha forte para manejar o meu antigo arco... pois o meu destino será "Penélope".