A Odisseia 

             A viagem de uma vida... a solidão, a companhia, o desespero, a amizade, 

            o amor, as desventuras... a partilha de um estado de espírito. É, sem dúvida, uma Odisseia.

 

sexta-feira, abril 29, 2005

Cadeia Literária

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Um livro pequenino e comum... para ser tocado e lido apenas por quem se interessa pelo conteúdo.

Já alguma vez ficaste apanhadinho por uma personagem de ficção?
Não. Já quis que algumas pessoas fossem como certas personagens de ficção... (Berta do livro Fidalgos da Casa Mourisca)

Qual foi o último livro que compraste?
Filosofia do Direito, de Arthur Kufmann

Qual foi o último livro que leste?
Do princípio ao fim? Que nunca tenha lido antes? "Como água para chocolate", de Laura Esquivel.

Que livro estás a ler?
A Odisseia, de novo...
Amor de perdição, de novo...
Hamlet, de novo...
Anjos e Demónios...

Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
Depois de 16 de Julho, Harry Potter & the Half Blood Prince, como a Sophia...
Um livro com A Odisseia, A Ilíada e A Eneida. Obras completas de Shakespeare. Os Lusíadas. Fidalgos da Casa Mourisca e Só, de António Nobre.

A quem vais passar este testemunho (3) e porquê?
As pessoas que eu gostava de conhecer as respostas a este questionário já as publicaram... por isso... a quem quiser.

Lamentos...

Apenas uma coisa eu lamento,
Amar-te tanto, amar-te como amo, loucamente,
Amar-te sem saber se me amas tanto como eu te amo.
Lamento chorar de saudades ao fim de um dia sem ti,
Lamento querer, sem poder, estar sempre contigo.
Lamento enganar-te ao dizer que lamento amar-te,
Sendo essa a coisa que nesta vida menos lamento.

terça-feira, abril 26, 2005

Voltei...

Depois de uma semana intensa de trabalho voltei a VER o Blog. Escrever umas linhas... pedir desculpa a quem lê e vê que a produção diminuiu drasticamente. Até logo.

quarta-feira, abril 20, 2005

Benedicto

Bem aventurado seja quem trouxer paz ao mundo e saiba colher os frutos da árvore do paraíso sem cair em tentação.
Bem aventurados sejam os que o seguem pois deles será o reino dos céus.
Bem aventurados dos que não o conseguem seguir, pois deles será o inferno.
Bem aventurados todos. Benditos sejam (Benedictus sint).

sexta-feira, abril 15, 2005

A partilha...

Penso várias vezes em ter uma vida diferente das que conheço, inclusive, a minha. A mudança está na minha mão. Libertar-me do passado é o mais difícil de fazer.
Não tenho dificuldades em enfrentar o futuro sozinho... mas quem me dera estar acompanhado.
Não tenho pena de ser doido, mas gostaria de ser atinado.
Não tenho ilusões de ser interessante, mas gostava de ser admirado.
Talvez um dia.
Quando tudo deixar de estar subordinado à partilha de emoções distantes.

Tempos

Tenho muita relutância em usar o verbo amar para definir qualquer sentimento que sinta sem que tenha estabelecido uma relação com a pessoa que "amo". Sou bastante parcimonioso nas palavras, em especial, nas palavras importantes. Quero guardá-las para quem as merece, sabendo que serão ouvidas e que serão reconhecidas como verdadeiras se não as utilizar senão quando as sinto.
Sou parcimonioso, igualmente, com as suposições que faço. Não ajo sem ter bastante segurança na suposição.
Sou assim.
Mas já não há quem admire estes traços. Há quem os chame de antiquados e desadequados ao nosso mundo.
Terão razão, provavelmente. Mas não posso negar que são essas características que me definem. Mas se não estão adequadas ao tempo.... então é o tempo que deve mudar.

quarta-feira, abril 13, 2005

Viver

Vivo...
Não sei.
Talvez se possa chamar vida.
Mas sem ti não será o céu com certeza,
E para viver só quero o paraíso.

segunda-feira, abril 11, 2005

Distâncias

Vou para onde estás mas fico sozinho...
Entro no meu quarto olhando a alvura imaculada do teu corpo...
Mas é só uma fotografia.
Perco-me em desejos recônditos sem considerar o desespero inseguro das amizades que se enfraquecem com as desilusões.
Vivo perdido nesse espaço, distante de ti e do mundo, parado entre o amor e a amizade, amando cada sorriso que dás a outros por incerteza em reclamá-los.
Vou para onde estás mas fico sozinho...
Distante de tudo o que desejo por não ter coragem e declará-lo.

sábado, abril 09, 2005

Cruzadas

- Amor, não vás... Perder-te-ei para sempre...
- Tenho de ir. A batalha é minha, não me posso recusar a travá-la.
- Porque lutas?!
- Por mim.
- E eu??
- Tu és parte de mim.
- Mas ficarei sozinha se fores, se morreres...
- Não. Estarei sempre contigo porque faço parte de ti. Beija-me.
- Não. Não quero a dor de recordar os teus lábios quentes no dia em que voltarem frios.
- Recordá-los-às de qualquer forma... não os sentes já a chamarem os teus?
- Fica.
- Não. Só indo posso reclamar o amor que o teu coração deixará de sentir se ficar.
- Nunca.
- Mentirosa. Amas-me porque vou. Se ficasse não seria eu e se não fosse eu não serias minha.
- Então deixa-me ir contigo.
- Para me veres morrer?
- Nunca. Para lutar ao teu lado.

sexta-feira, abril 08, 2005

Desejo

Olhar para os seus olhos e ver os meus...
Olhar para a sua boca e desejá-la na minha...
Olhar para os seus braços
E querê-los rodeando o meu corpo.
Olhar para o seu peito e senti-lo a pulsar por mim.

E, num momento de coragem e de solidão,
Sofregamente corrermos para os lábios um do outro.

quinta-feira, abril 07, 2005

Um momento eterno

Sinto-me como esta singela gota de água, capturada para sempre numa fotografia. Estática, imóvel, incapaz de se libertar e de se juntar ao oceano. A beleza eterniza-se... a contemplação cria cada vez mais explicações sobre o propósito dessa captura. Mas a verdade é que está cativa.
Quero regressar ao fluido movimento das marés que me devolvem o destino que quero construir. Quero libertar-me da contemplação infrutífera para o contemplado e ser, sem desculpas... mais uma gota no oceano. Mas não posso fugir nunca deste momento eterno.


Image hosted by Photobucket.com

Eu...

Eu nada sei,
Nada quero,
Nada posso.

Eu nada sinto,
Nada canto,
Nada espero.

Eu nada deixo,
Nenhum pretexto
Para nenhuma saudade...
(1990)

quarta-feira, abril 06, 2005

Quando a vida nos prega partidas...

Descobri que fui amado... nunca faria presunções sobre esse tópico. Tiveram que mo dizer cara a cara.
Descobri que esse sentimento passou.
Nunca notei nada no seu comportamento. Nunca notei nada na sua postura. Nunca notei nada nos seus silêncios, especialmente nos seus silêncios. Mas nunca a amei. Talvez tenha sido por isso que não notei nada.
Mas, bem vistas as coisas, porque me disse agora que passou?
Não sei. Nem ela saberá.
Talvez seja mais uma forma de lidar com um sentimento que lhe provocou demasiada ansiedade e que deixou de satisfazer... "Um desejo que envelheceu".
Se me tivesse dito antes teria sido diferente? Sim. Sem dúvida. Em quê, não sei.
Conheço-me demasiado bem para dizer que só por isso não a amaria. Mas sei que não deixaria de retribuir a atenção dispensada. Tentaria conhecê-la. Aproximar-me. Talvez a amasse um dia.
Mas a vida prega-nos partidas... Nunca a amei... mas era a única que eu queria amar.

terça-feira, abril 05, 2005

Num Beijo Mágico...

Gostava de beijar, sem pudores, uma mulher interessante...
Mas existem poucas que eu conheça... e mesmo assim não me interessam todas.
Preciso saber ouvir o coração de quem me faz feliz... talvez ele queira ser ouvido.

Quero conhecê-lo bem, tão bem quanto possível,
Quero olhar os olhos dessa mulher antes do nosso último primeiro beijo..
Quero sossegá-la em meus braços e sussurar-lhe palavras de carinho....
Passear, ao fim da tarde, pelas areias frias e húmidas de uma praia... e aquecê-la com o meu amor.

Queria sentir-me perdido em seu colo. Descansado em seu seio.
Queria dizer-lhe, com meus lábios, que ela era a mulher da minha vida, porque eu era dela naquele momento... E porque ela era minha.

Não quero ser, nem ter, um objecto.
Quero partilhar duas vidas num beijo mágico.

domingo, abril 03, 2005

Dois tipos de homens...

Existem, bem vistas as coisas, bem mais que dois tipos de homens... mas apetece-me hoje simplificar as coisas.
Existem homens que deslumbram e são bastante atraentes. As mulheres adoram esse tipo de homens... A palavra certa no momento certo. O sorriso galanteador, a marotice que dá charme... Mas depois decobrem-se coisas mais ocultas, menos interessantes. A falta de respeito, o galanteio dado a todas, a marotice contínua... a não assunção de responsabilidades.
Existem outros homens que não deslumbram... não são atraentes. São fechados, taciturnos, timidos. Defendem-se das dores que o mundo já lhes causou vestindo uma carapaça forte e intransponível por seduções infantis. Mesmo quando amam não sabem despir essa armadura, essa timidez...
Mas quando despertam, por algum motivo incógnito, a curiosidade numa alma irreverente, inteligente e gentil sofrem uma metamorfose... A curiosidade externa vai revelando a joia que se encontra fechada. Galanteios seguros e únicos para quem ama, sinceridade nas palavras e nas acções, marotice quanto baste, mas sempre sem exageros e sem outros alvos, e uma responsabilidade inabalável. Talvez não tão interessantes de olhar à primeira vista, como um diamente em bruto, escondem uma gema de valor incalculável. Enquanto que os outros... os outros... luzem muito, mas quando se olha mais de perto, são apenas cristais de quartzo... sem valor nenhum.

Depois de voltar...

Estive alguns dias fora. É bom passear e encontrar novos lugares que ficam nossos para sempre.
É bom conhecer novas pessoas, novos costumes... saber que a nossa vida não é a única e que o mundo tem mais problemas que aqueles que nos atormentam diariamente.
Depois de voltar quis matar saudades de algo que deixei cá mas que foi comigo... espero poder fazê-lo. Mas não hoje, nem amanhã... afinal, a vida volta ao seu ritmo impiedoso.