A Odisseia 

             A viagem de uma vida... a solidão, a companhia, o desespero, a amizade, 

            o amor, as desventuras... a partilha de um estado de espírito. É, sem dúvida, uma Odisseia.

 

quarta-feira, agosto 30, 2006

Dulcineia

Dulcineia, senhora do meu coração errante...
Procurei-te em cada vela branca ao vento que me cegava na investida...
E encontrei-te no caminho, sem saber quem eras, sem olhar para o destino.

Dulcineia, senhora do meu coração peregrino...
Altar onde, de joelhos feridos, invoco o amor eterno que me iludiu até hoje...
E que não me ilude mais.

Dulcineia, senhora das minhas paixões profundas...
Companheira de aventuras e de sofrimentos, vividos e por viver...
Companheira de desafios imediatos e longínquos.

Dulcineia... amor que se transforma... dia a dia.
Que cresce e se alimenta da comunhão intensa
E que não quer acabar nunca.

terça-feira, agosto 22, 2006

Sem medos

Olhar a vida de frente e pensar no futuro,
Um futuro que acontece a cada momento vivido intensamente...
Esse futuro feito de presentes...
Que num segundo se transformam numa vida inteira...
Que se abre à descoberta de paixões novas, sem medos...

segunda-feira, agosto 07, 2006

365 dias

365 cartas de amor... 365 dias de solidão.
Coração que se martiriza, vazio...
Amor que endoidece, que entristece e que magoa.

Chama perdida, sem fogo, sem nada...
Esquecimento, sem memória, sem sonhos...
Casa partilhada, envolvida no mundo, mundo em que se habita
Sem saber se tudo foi ou é uma ilusão.

Carinho depositado em bancos de amargura,
Sem juros de amor eterno,
Sem chaves gémeas de acesso,
Sem nada... sem nada... sem nada.

365 gotas de chuva amarga que caem, maduras, dos meus olhos senis... e cegos.
Cataratas de água imensa que se despejam em torrentes.
Vida que se esvai devagarinho...
365 partes de mim mesmo que te dou de mão beijada.

Desejos que me envolvem em seda pura... demasiado brilhante para os teus olhos.
Desejos que nos aproximam nos meus sonhos, embora estejamos distantes.
Amor que me arrancou o coração e que mo arranca ainda, dia a dia, 365 vezes por translação.